quinta-feira, dezembro 24, 2009

BOAS FESTAS



Saudações de um Comparsa

sexta-feira, novembro 13, 2009

As Séries da nossa vida...

Caros Comparsas,
após mais uma tradicional pausa de Verão (este ano um pouco mais alongada...), o regresso do Falcão aos voos faz-se desta vez com mais uma proposta minha a todos vocês.
Depois de em Maio passado vos ter perguntado quais eram os filmes da vossa vida e de ter conseguido que fosse um dos posts mais comentados da história do Falcão, é agora a vez das séries de TV. Mas atenção, mais uma vez não pergunto quais foram as melhores ou aquelas que gostam mais no momento, mas sim quais as Séries de TV que, de alguma forma, marcaram a vossa vida.
Mais uma vez, não é uma tarefa fácil, mas esta foi a minha escolha:
- Macgyver
- Allô Allô
- The Simpsons
- Ficheiros Secretos
- That 70's Show
- Seinfeld
- Band of Brothers
- Arrested Development (aqui no Falcão)
- Life on Mars (aqui no Falcão)
- Californication (aqui no Falcão)




Saudações de um Comparsa

quinta-feira, junho 11, 2009

Deadwood

Sempre gostei de filmes de cowboys. É uma daquelas paixões que me vêm da infância ao ver as cowboiadas do John Wayne ao domingo à tarde, aliado às bandas desenhadas do Lucky Luke e que se prolongou com os clássicos do Clint Eastwood na adolescência. Por causa desta inclinação, estou sempre atento às novidades do género, apesar de raramente aparecerem filmes de qualidade nos últimos tempos. E assim, fiquei com uma natural curiosidade ao tomar conhecimento desta elogiada série produzida pela HBO.
Mas Deadwood é muito mais que uma série sobre cowboys… Aqui acompanhamos o nascimento de uma cidade na fronteira americana e a impiedosa luta pelo poder instalado entre os pioneiros. Após a descoberta de ouro na região, milhares mudaram-se para lá, trazendo um rasto de esperança, cobiça e muita violência, pois por se encontrar em território indígena, Deadwood não contava com apoio governamental nem leis. Numa era de roubos e ganância, a mais rica febre do ouro da história da América atrai uma horda de parasitas sem terra para um povoado sem lei onde tudo - e todos - têm um preço. Os colonos, desde um antigo agente da lei ao matreiro dono de um saloon, passando pelos lendários Wild Bill Hickok e Calamity Jane, partilham um estado de espírito sempre alerta e sobrevivem por todos os meios necessários. O acampamento de Deadwood é um salve-se quem puder de mineiros em busca de ouro, apostadores, bêbados, prostitutas, pistoleiros, trabalhadores e aventureiros que sobrevivem em terreno instável, ainda não sedimentado pela lei ou pelos costumes.
O estilo visual é cativante e não esquecemos as sarnentas roupas interiores de algumas personagens, as excreções corporais constantes (vómito, mijo e merda), a nudez gratuita das prostitutas, as ruas sempre cheias de lama, a varíola e outras doenças, inúmeros pormenores que conferem um grande realismo a Deadwood, tornando-a numa série histórica extremamente credível.
Assistimos aqui a um reinventar do género que consegue causar impacto ao não apresentar restrições de violência, palavrões, nudez ou sexo. Mas o génio de Deadwood está nos seus diálogos escorreitos, brilhantes e profanos. Muitos dos personagens e situações são baseados em factos reais, o que confere um tom semi-documental e realista à trama. O grande destaque é o actor inglês Ian McShane, que faz de Al Swearengen um dos mais complexos e ameaçadores vilões da história, na minha modesta opinião...
Como já referi, Deadwood é produzida pela HBO, que nos presenteou com séries como The Sopranos, Rome e Entourage e durante as suas três temporadas ganhou inúmeros prémios, incluindo Globos de Ouro e Emmys.
Uma experiência imperdível e altamente recomendável.

Bem-vindos a Deadwood...
Um sítio dos diabos para fazer fortuna.




Saudações de um Comparsa

sexta-feira, junho 05, 2009

Europa vs União Europeia - publicado a Junho 01 2009 | Trouw

A Europa não existe. O que existe é a União Europeia, enquanto instituição legal que é útil aos cidadãos. Reflexões do filósofo Hermand de Regt. A construção da União Europeia não pode nem dever ficar dependente de meditações sobre a identidade da Europa.

Na sequência do ‘Não’, expresso no referendo sobre a Constituição Europeia de 2005, os Países Baixos renunciaram, por intermédio do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Maxime Verhagen, à ideia de identidade europeia. E ainda bem. Em vez de analisarmos o que representa a Europa, seria melhor reavaliarmos, dentro do espírito de Monnet e Schuman, aquilo que a União Europeia deveria fazer para que as pessoas dêem pela sua ‘existência’, a fim de que tomem consciência daquilo que deve ser feito para manter a paz e a prosperidade na sua região – qualquer que seja a dimensão dessa região.

Como é evidente, os intelectuais tentam levar-nos a acreditar na “identidade da Europa” (como fez George Steiner no seu ensaio, tão lúdico quanto magistral, Une certaine idée de l’Europe (2005), editado pelo instituto europeu Nexus). Fazem referência aos grandes acontecimentos históricos: o advento da democracia na Grécia e da ciência em Itália, a Declaração dos Direitos do Homem em França e, também, os tratados assinados no termo da Segunda Guerra Mundial.

Falam de “escola europeia”, uma mentalidade europeia que assentaria num cânone ou na descoberta de uma relação especial entre a religião, o Estado e a ciência. Contudo, por mais convincente que tal possa parecer, não acredito nisso. A Europa não existe enquanto algo de tangível. A União Europeia sim, existe.

Conforme demonstrou a questão da Turquia, o facto de se procurar “a quintessência da Europa” pode ter um efeito imobilizador. São muitos os que sublinham que a Turquia não partilha a nossa maneira “europeia” de encarar o mundo, por exemplo no que se refere aos direitos humanos. Alguns salientam que a Turquia não respeita os ensinamentos europeus da História. Na realidade, pouco importa. Porque a União Europeia não tem nada a ver com uma qualquer “essência da Europa”, quer esta se baseie numa reflexão filosófica ou numa reflexão histórica.

A União Europeia, como alguns Estados-nação dolorosamente descobriram, é um meio para enfrentar determinados problemas, em especial os riscos de guerra e as crises económicas. O objectivo da União Europeia não é, portanto, incarnar a Europa na sua forma mais “essencial”. A UE é, simplesmente, um clube pragmático, com condições de admissão.

Pensar que é possível fazer avançar a União Europeia continuando a meditar sobre aquilo que realmente define a Europa, poderá vir a revelar-se um erro catastrófico. Catastrófico no sentido em que a União Europeia poderá sofrer um recuo em toda a linha do seu nível de vida ou, mais grave ainda, o clube poderá desintegrar-se e os seus membros poderão voltar a pegar em armas.

A política nacional deve, por conseguinte, procurar uma nova maneira de explicar a importância da União Europeia aos seus cidadãos. Porque ninguém pode levar-nos a mal que queiramos abandonar um clube, quando este não tem nada para nos oferecer. Felizmente, o período de campanha para as eleições europeias de 4 de Junho pode proporcionar um grande número de ocasiões para voltar a explicar o que a União Europeia pode fazer pelos seus habitantes. Vá lá, senhores e senhoras da política: aproveitem esta oportunidade!

Herman de Regt

quinta-feira, junho 04, 2009

WOK - Ritmo Avassalador




"Num futuro distante, dois clãs rivais lutam para sobreviver a uma realidade selvagem. Forçados pelas circunstâncias e inspirados pelo instrumento Bombo vão resistir cooperando e aliando-se para formar um clã uno.

Uma demanda arrojada que atravessa instrumentos, ritmos e danças oriundos do imaginário tradicional Português.


A maior investida da percussão tradicional Portuguesa, conduzida por um belíssimo elenco, num espectáculo bombástico, inesperado e hilariante.

Um espectáculo de Rui Júnior" - Tocá Rufar

sexta-feira, maio 15, 2009

Os Filmes da nossa vida...

Caros Comparsas,
o que vos venho pedir hoje é um exercício que não é fácil, mas que penso que será interessante e que ninguém se importará de fazer. Venho então perguntar-vos quais são os filmes da vossa vida, os que mais vos marcaram? Aqueles, que por uma razão ou por outra são importantes para vocês. Os que foram paixão à primeira vista ou aqueles que foram apreciando cada vez mais à medida que os foram vendo mais vezes. Ou ainda aqueles que vos recorda uma fase da vossa vida ou uma situação especial. Sim, eu sei que não é fácil, pois todos gostamos de tantos filmes... Aqui deixo a minha lista, e acreditem que muitos outros poderiam constar… Para facilitar, fiz uma lista de 10 e não hierarquizei os filmes que são os seguintes:


- O Padrinho de Francis Ford Coppola
- Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida de Steven Spielberg
- Fight Club de David Fincher
- The Big Lebowski
dos Irmãos Coen
- Pulp Fiction
de Quentin Tarantino
- O Pianista de Roman Polanski
- Heat de Michael Mann
- O Bom, o Mau e o Vilão de Sergio Leone
- The Departed de Martin Scorsese
- Garden State de Zach Braff


E vocês, quais são os filmes da vossa vida?

Filme do Ano 2008

Como alguns Comparsas se devem lembrar, no início do ano procedemos a uma votação de forma a eleger o Filme do Ano 2008. Devido a alguns contratempos que me afastaram de blogosfera só agora divulgo os resultados que obtivemos.
E o grande vencedor foi O Cavaleiro das Trevas que arrecadou 18 votos num total 64! O segundo filme da saga de Batman realizado por Christopher Nolan foi um sucesso de crítica e bilheteira e será sempre lembrado pela actuação de Heath Ledger, que lhe valeu, inclusivamente, um Óscar póstumo. Infelizmente, não me posso alongar na crítica do filme porque ainda não o vi… Mas está na lista para ver em breve.
Quero apenas ainda referir que o pódio ficou completo com Haverá Sangue (8 votos) e o terceiro lugar foi partilhado por 3 filmes (Este País Não É Para Velhos, Tropa de Elite, Ensaio sobre a Cegueira).


Saudações de um Comparsa

quinta-feira, março 19, 2009

Aduf

Para comprovar que em Portugal existem grandes músicos com uma enorme criatividade musical, cuja inovação não tem limites, surge este projecto, Aduf. Projecto do percussionista e baterista português José Salgueiro e do guitarrista José Peixoto, autor das músicas e ex-Madredeus, que conta com a colaboração da cantora basca Maria Berasarte, e músicos como Alexandre Dinis (teclados), Gonçalo Marques (gaita de foles e flauta), Carlos Miguel, Ivo Costa e Sebastien Scheriff (percussão).
O projecto teve origem quando, na altura da Expo98, foi feito um convite a José Salgueiro para criar um espectáculo que integrasse o programa "Instrumentos Tradicionais Portugueses". Felizmente, o projecto teve continuidade e pode transformar-se, na minha opinião, num verdadeiro tesouro da música portuguesa. Nos Aduf, a música tradicional ganha uma dimensão contemporânea, que não altera em nada a sua identidade, antes a enriquece com um misto de sonoridades celtas e orientais e com influências do jazz, rock clássico e progressivo.

Nos vídeos podem ver a apresentação da música "A quantas ando", e a apresentação do projecto pelos próprios músicos. Chamo a atenção para os adufes gigantes, que não se limitam apenas a fazer parte do cenário, mas também a dar corpo à música. Espero que gostem, pelo menos metade do que eu gostei. A minha alma lusitana encheu-se de orgulho!



Ouçam muita música! Boa música!

Saudações de uma comparsa!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Marta Hugon


Marta Hugon, natural de Lisboa, é uma grande revelação e, embora desconhecida do grande público, prova a vitalidade do jazz nacional. Começou a cantar na adolescência, apaixonando-se mais tarde pelo jazz. Depois de ter passado pelo Conservatório de Amesterdão e de ter tido aulas com a cantora britânica Norma Winstone, inscreveu-se na Escola de jazz do Hot Club de Portugal, em Lisboa, também conhecida por Escola de jazz Luiz Villas-Boas, criada em 1979. Aí terá conhecido os músicos que hoje formam o seu quarteto: Filipe Melo no piano, Bernardo Moreira no contrabaixo e André Sousa Machado na bateria.

Em 2005, foi gravado o primeiro álbum, Tender Trap, e, no ano passado, 2008, foi lançado o Story Teller, cujo reportório é composto por clássicos norte-americanos e autores contemporâneos, como Paul Simon "Still crazy after all these years", Dave Mathews "Crash into me" e Chico Buarque "Suburbano coração", contando com André Fernandes na guitarra, como convidado especial.

Deixo-vos, assim, com o singular quarteto, enriquecido com a sensibilidade, simplicidade e doçura da voz de Marta Hugon - pode ser ouvido no myspace. Os vídeos têm um tema do primeiro álbum "Too close for confort" (2.º vídeo), o "Crash into me" (3.º vídeo) e o encantador "River Man" (1.º vídeo), ambos do álbum Story Teller.



Ouçam muita música! Boa música!

Saudações de uma comparsa!

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

NOVALIMA

Ramón Perez Prieto (Lima), Grimaldo Del Solar (Barcelona), Rafael Morales (Londres) e Carlos Li Carrillo (Hong Kong) formaram em 2001 o colectivo musical NOVALIMA, ao qual posteriormente se juntaram outros músicos. Os temas produzidos representam uma fusão entre música afroperuana, electrónica, ritmos latinos e outros géneros contemporâneos.
Em 2006, obtiveram o prémio IMA (Independent Music Awards) para melhor álbum na categoría World Fusion.
Após Novalima em 2003 e Afro em 2005, surge agora Coba Coba / Cumbancha em Janeiro de 2009, álbum do qual foram extraídos os dois temas a seguir apresentados.
Soube recentemente desta banda, que me cativou logo desde início. Fiquem com as minhas favoritas (até ao momento).

Espero que gostem!!


Saudações de um comparsa.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Doismileoito

Quente! Quente! Quente! Acabadinho de sair do forno que até queima! Vou deixá-lo aqui para arrefecer, senão queimo-me. E nem digo nada e espero que voçês digam. 2008

P.S.: E devem estar a pensar: "mas este só posta sobre música?" Abraço.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Selfish Cunt



Acabadinho de chegar de Londres, eis que vos trago uns "tontinhos" de lá. Não os conhecia estes Selfish Cunt nascidos nos inícios de 2003, depressa se afirmaram no underground londrino. Com uma atitude provocante e um som acutilante, letras repletas de críticas sociais, e actuações loucas (lembrando muito Iggy Pop and The Stooges), esta banda, devo confessar-vos, agradou-me. Curtam lá este som. Serão mesmo uns "tontinhos"?.

sábado, janeiro 03, 2009

Filme do Ano 2008

Depois do interregno de um ano, o Falcão e Comparsas volta mais uma vez a eleger o Filme do Ano! Em 2006, Matchpoint foi o grande vencedor desta eleição, mas 2008 foi também um ano de bom cinema, e apesar de não ter ainda visto todos os filmes nomeados, estas são as películas que constam em quase todas as listas de melhores do ano. Desde blockbusters como O Cavaleiro das Trevas, passando pela adaptação ao cinema de Ensaio sobre a Cegueira e pelas obras com a marca dos irmãos Coen (Este País Não É Para Velhos e Destruir Depois de Ler), todos têm lugar nesta lista de nomeados. Temos também o cinema de animação com Wall-E, o de fantasia com Sweeney Todd e duas comédias de estilos completamente diferentes (Juno e Tempestade Tropical). O cinema brasileiro regressou em força (Tropa de Elite) e temos também dois grandes filmes europeus (A Turma e Gomorra). E não nos podemos esquecer de o Lado Selvagem de Sean Penn, de mais uma obra-prima de PT Anderson (Haverá Sangue) e da surpresa In Bruges.
Votem em consciência naquele que mais gostaram... Não se esqueçam que o vencedor vai ser galardoado com o Falcão de Ouro!





Saudações de um Comparsa