terça-feira, julho 29, 2008

Led Zeppelin

Absolutamente genial é uma pálida afirmação para descrever o incrível legado daquele que é um dos colectivos mais carismáticos e lendários da história do rock. Os Led Zeppelin surgiram em 1968 e mudaram a história da música para sempre, e quase quatro décadas volvidas são ainda hoje uma referência para as novas gerações de músicos…

Nada nem ninguém conseguiu ser tão emblemático dos anos 70 como os Led Zeppelin. No entanto, o engenho e a ambição que caracterizaram a banda britânica têm origem nas transformações das décadas anteriores. Jimmy Page começou a tocar guitarra nos anos 50, e na década seguinte, era já um guitarrista importante na cena pop londrina. Ganhou reputação ao tocar para nomes como “The Kinks”, “The Who”, “Herman’s Hermits” e “Donovan”, entre outros. Em 1966, juntou-se a Jeff Beck nos “Yardbirds”. No entanto, a banda convivia mal com o temperamento difícil de Beck, e, em meados de 1968, todos os membros haviam já abandonado o grupo. Page comprou o nome da banda e começou a procurar novos músicos de modo a conseguir cumprir um contrato feito para a realização de concertos na Escandinávia. O vocalista Robert Plant, conhecido pelo seu trabalho no grupo “The Band of Joy”, foi recrutado, trazendo com ele o amigo baterista John Bonham. O baixista John Paul Jones viu um anúncio no jornal e sendo já conhecido de Page, rapidamente se juntou ao grupo. Após alguns concertos como “The New Yardbirds”, a banda mudou o nome para Led Zeppelin, após sugestão de Keith Moon, baterista dos “The Who”. Estava assim encontrada a formação de uma das bandas mais talentosas e importantes de todos os tempos.

Em 1968, o grupo editou o seu primeiro álbum Led Zeppelin. Esse disco resultava de uma combinação entre o blues, o rock e influências orientais com amplificações distorcidas, o que o levou a tornar-se um dos pilares do surgimento do heavy metal, embora Plant tenha declarado injusta esta classificação, já que aproximadamente um terço de sua música era acústica. No final dos anos 60 e ínicio dos anos 70 a palavra heavy metal tinha uma conotação pejorativa, o que fez com que os artistas rotulados como heavy metal preferissem outros nomes como heavy rock, ou simplesmente rock and roll.

Mantidos à margem e constantemente insultados pela imprensa, o início de carreira dos Led Zeppelin não foi fácil. Classificados de meros salteadores do legado do blues, o público esgotava lotações onde quer que o quarteto actuasse e aí, apenas a música interessava. O imediato sucesso comercial do primeiro disco foi o pontapé de saída para a carreira da banda, especialmente no EUA, onde eles haveriam de actuar frequentemente, e onde as suas vendas de discos apenas foram suplantadas pelos “The Beatles”. Gravaram nove álbuns de originais até 1982, onde exploraram novos caminhos e derrubaram fronteiras, inventando novos conceitos.

Convictos de que representavam um novo mundo, uma nova era, os Led Zeppelin desenharam a fronteira entre os valores arduamente conquistados da década de 1960 e os prazeres da vida mundana e irresponsabilidade que caracterizaram os anos 70. Se a popularidade da banda em palco era impressionante, a sua fama pelos excessos era ainda maior. Eles viajavam num jacto particular, alugavam pisos inteiros de hotéis, e tornaram-se objecto de algumas das histórias mais famosas, envolvendo danos materiais a quartos de hotel, aventuras sexuais e abuso de drogas. Em 1980, John Bonham morreu asfixiado pelo próprio vómito numa banheira, pondo fim à carreira dos Led Zeppelin e ao mesmo tempo contribuindo para o engrandecimento do mito e da lenda em que se tornaram…
Talentosos, complexos, ávidos, belos e perigosos, os Led Zeppelin foram uma das bandas mais consistentes do século XX em matéria de composição e actuação, apesar de tudo o que tiveram de superar, incluindo eles próprios. Os Led Zeppelin tocavam para um tempo novo, e, após três décadas e meia, a sua música está tão viva quanto antes. O som da banda britânica tomou-nos de assalto e elevou-se a um território que parece não ter fim.
Aqui fica a minha homenagem à maior banda de sempre…




domingo, julho 06, 2008

The Shiftas

Caros comparsas,

… porque há bandas portuguesas que merecem ser ouvidas pareceu-me pertinente tornar este espaço numa plataforma de divulgação de novos valores da música nacional.

Por isso, desta vez o falcão voa de terras beirãs até ao oeste português para apresentar The Shiftas: em Portugal, no Oeste Profundo, as armas dos Shiftas são os acordes selvagens, o grito da revolta, o Rock!

Os Shiftas são uma banda portuguesa formada por quatro jovens do Sobral de Monte Agraço e contam já com um grande reportório de músicas originais, com fortes influências do blues, digno de ser gravado e editado em cd. Convido-vos assim a ouvir três dos temas desta banda portuguesa: A Lucy Nation, Dead Man Walking e Squeeze Me, disponíveis no myspace ou no blogue. De qualquer forma, deixo-vos aqui para ver e ouvir o vídeo da música Dead Man Walking.

Ouçam muita música, boa música...

Saudações de uma Comparsa!