Comédia, drama, humor negro, diálogos bem construídos e inteligentes, prostitutas, canadianos, drogas, suicídios, violência explícita, padres, miúdos, anões. E a bela cidade de Bruges… Estes são os condimentos de uma das boas surpresas que tive nos últimos tempos!
Bruges, uma bem preservada cidade medieval na Bélgica, é um destino acolhedor para os turistas de todo o mundo. Mas para os atiradores profissionais Ray e Ken, bem poderia ser o seu último destino: um trabalho difícil resultou no envio do par, seguindo ordens de Harry, o chefe londrino, mesmo antes do Natal, para a cidade flamenga durante duas semanas, para arrefecer os ânimos. Mas quanto mais tempo aguardam a chamada de Harry, mais surrealista se torna a experiência, envolvendo-se em estranhos encontros com a população local, turistas, arte medieval e um potencial romance para Ray sob a forma de Chloë, que também ela parece ter alguns segredos ocultos. E quando chega finalmente a chamada de Harry, as férias de Ken e Ray transformam-se numa luta de vida e morte de proporções cómicas e consequências surpreendentemente emocionais.
O argumento de McDonagh oferece-nos bons diálogos para duas fortes interpretações. Brendan Gleeson não conseguiria despertar mais empatia nesta figura lúcida e paternal e Colin Farrell, num ambiente onde se sente manifestamente confortável, é aquilo que Hollywood não o deixa ser: depressivo, nervoso e derrotista. A isto juntamos um leque extenso, mas brilhante, de personagens secundárias invulgares, que vão deste o anão racista à bela traficante de droga, passando pela prostituta de Amesterdão, tudo em “In Bruges” é absurdamente pensado ao pormenor.
“In Bruges” não se transformará num clássico, mas se o virem, decerto não darão por perdido o vosso tempo. Fica a sugestão para uma destas frias noites de Inverno...
Bruges, uma bem preservada cidade medieval na Bélgica, é um destino acolhedor para os turistas de todo o mundo. Mas para os atiradores profissionais Ray e Ken, bem poderia ser o seu último destino: um trabalho difícil resultou no envio do par, seguindo ordens de Harry, o chefe londrino, mesmo antes do Natal, para a cidade flamenga durante duas semanas, para arrefecer os ânimos. Mas quanto mais tempo aguardam a chamada de Harry, mais surrealista se torna a experiência, envolvendo-se em estranhos encontros com a população local, turistas, arte medieval e um potencial romance para Ray sob a forma de Chloë, que também ela parece ter alguns segredos ocultos. E quando chega finalmente a chamada de Harry, as férias de Ken e Ray transformam-se numa luta de vida e morte de proporções cómicas e consequências surpreendentemente emocionais.
O argumento de McDonagh oferece-nos bons diálogos para duas fortes interpretações. Brendan Gleeson não conseguiria despertar mais empatia nesta figura lúcida e paternal e Colin Farrell, num ambiente onde se sente manifestamente confortável, é aquilo que Hollywood não o deixa ser: depressivo, nervoso e derrotista. A isto juntamos um leque extenso, mas brilhante, de personagens secundárias invulgares, que vão deste o anão racista à bela traficante de droga, passando pela prostituta de Amesterdão, tudo em “In Bruges” é absurdamente pensado ao pormenor.
“In Bruges” não se transformará num clássico, mas se o virem, decerto não darão por perdido o vosso tempo. Fica a sugestão para uma destas frias noites de Inverno...
5 comentários:
VI ONTEM E GOSTEI BASTANTE. RECOMENDO TAMBÉM PARA QUEM AINDA NÃO VIU.
BOM POST.
Muito obrigada pela sugestão... A ver se arranjo o filme.
E esta noite, Colin Farrell arrecadou o Globo de Ouro para melhor actor em Comédia ou Musical!
Já a nomeação do filme foi já uma vitória... Sem dúvida, uma das surpresas do ano...
E a minha adorada Mad Men, levou mais uma vez, o prémio de melhor série dramática.
Saudações de um Comparsa
Vi naquela de ver logo qdo saiu e fiquei muito surpreendido. Belas interpretaçoes acima de tudo.
Adorei o filme! Grandes interpretações e grande argumento!
A personagem do Colin Farrell está genial. É um ignorante, de facto, mas não tem problemas nenhuns em assumi-lo e, ainda por cima, fá-lo com muito humor!
O cenário, Bruges, cria um ambiente extraordinário.
A meu ver, deveria sim transformar-se num clássico. O filme é uma extraordinária versão moderna das tragédias clássicas. O clímax final está espectacular.
Entrou no top dos meus filmes preferidos, sem dúvida!
Saudações
Enviar um comentário