O FALCÃO E SEUS COMPARSAS
terça-feira, dezembro 20, 2011
quarta-feira, dezembro 22, 2010
terça-feira, outubro 12, 2010
Erika Stucky, no Teatro Municipal da Guarda
Na próxima sexta-feira, dia 15 de Outubro, às 21h30, sobe ao pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda a cantora e acordionista Erika Stucky. Para mais informações sobre a Erika, sugiro uma visita ao blogue do TMG.
Saudações!
terça-feira, setembro 14, 2010
Da história do AVATAR
Nos últimos dias tive a oportunidade de ver o filme Avatar, no meu computador e, naturalmente, sem ser a 3 dimensões. A propósito do filme haviam sido partilhadas comigo opiniões de que era uma história pobre, uma simples história de amor entre um humano e uma nativa de outro planeta, mas com grandes efeitos especiais, só valendo a pena vê-lo a 3D...
Não o ter visto no cinema com os óculos especiais, talvez me tenha feito ver o filme para além das 3 dimensões. Vi um filme com uns efeitos e imagens deslumbrantes e, ao mesmo tempo, um filme com um argumento cuja mensagem é bastante profunda, incidindo na desprezível forma como o ser humano trata a NATUREZA, ou seja, a sua própria VIDA... É necessário sabermos coexistir com a natureza - a nossa mãe, o nosso lar, o nosso "deus" criador. É ela que nos dá a vida, a morte, que nos alimenta, nos transforma, nos castiga...
Além disso, é necessário vermo-nos uns aos outros... Vermo-nos para além da carcaça que nos protege e na qual habitamos. Caminhamos cegamente para o Admirável Mundo Novo do Huxley: valoriza-se o culto do corpo, a aparência, os espelhos... em detrimento do pensamento, dos sentimentos... E esquecemo-nos de ver para lá do olhar... O AVATAR vale mesmo a pena ser visto para lá do olhar!
A propósito, além de aqui deixar o trailer do filme, lembro a excepcional canção de Roger Waters: «No tears to cry, no feelings left, the species has amused itself to death...».
Agora, sim, estou pronta para ver o filme em 3D. Alguém me pode dizer como faço?
Saudações de uma comparsa!
Não o ter visto no cinema com os óculos especiais, talvez me tenha feito ver o filme para além das 3 dimensões. Vi um filme com uns efeitos e imagens deslumbrantes e, ao mesmo tempo, um filme com um argumento cuja mensagem é bastante profunda, incidindo na desprezível forma como o ser humano trata a NATUREZA, ou seja, a sua própria VIDA... É necessário sabermos coexistir com a natureza - a nossa mãe, o nosso lar, o nosso "deus" criador. É ela que nos dá a vida, a morte, que nos alimenta, nos transforma, nos castiga...
Além disso, é necessário vermo-nos uns aos outros... Vermo-nos para além da carcaça que nos protege e na qual habitamos. Caminhamos cegamente para o Admirável Mundo Novo do Huxley: valoriza-se o culto do corpo, a aparência, os espelhos... em detrimento do pensamento, dos sentimentos... E esquecemo-nos de ver para lá do olhar... O AVATAR vale mesmo a pena ser visto para lá do olhar!
A propósito, além de aqui deixar o trailer do filme, lembro a excepcional canção de Roger Waters: «No tears to cry, no feelings left, the species has amused itself to death...».
Agora, sim, estou pronta para ver o filme em 3D. Alguém me pode dizer como faço?
Saudações de uma comparsa!
domingo, julho 11, 2010
Tramolha Musical
Na noite do próximo Sábado, dia 17 de Julho, na zona histórica da bicentenária cidade de Pinhel, vão decorrer as actuações dos Velha Gaiteira e Sex Ianuae, grupo pinhelense onde pontificam alguns dos nossos Comparsas... Vai haver também animação com concertinas e feira/mostra de velharias e artesanato.
Prevê-se uma bela noite de folia, animação e boa música...
Apareçam!!!Velha Gaiteira - Antigo Baile Agarrado (ao vivo)
Sex Ianuae - A Morte saiu à rua (ao vivo)
Saudações de um Comparsa!
quarta-feira, junho 23, 2010
Concerto de Casta Way
Caros Comparsas,
O Bar a Fábrica da cidade Falcão tem feito um esforço louvável para preencher uma das lacunas culturais da nossa cidade: a escassa oportunidade de assistir a concertos. No próximo sábado, dia 26 de Junho, teremos a oportunidade de ver e ouvir os Casta Way, uma jovem banda de rock da Covilhã.
Apareçam! Actividades desta natureza devem ser apoiadas!
Actualização: Parece que o comparsa Augusto nos vai dar música a seguir ao concerto! Já que nos deixou de dar música neste espaço, temos uma grande oportunidade para o rever.
Saudações de uma comparsa!
sexta-feira, maio 28, 2010
Europa, querida Europa
Segundo a mitologia grega, Europa era uma jovem princesa, filha de Agenor, rei da cidade de Sídon ou de Tiro, antiga cidade fenícia no Líbano. Um dia brincava com as suas companheiras na praia, quando Zeus a viu. Zeus, apaixonado pela sua beleza, transformou-se num touro de resplandecente brancura e cornos semelhantes a duas luas na fase de quarto crescente. Aproximou-se da jovem e deitou-se aos seus pés. Primeiro, Europa assustou-se, mas rapidamente tomou coragem e acariciou o animal, sentando-se sobre o seu dorso. De imediato, o touro levantou-se e correu em direcção ao mar, avançando por entre as vagas e afastando-se da margem...
Raptada por Zeus e depois de ter atravessado o Mediterrâneo, Europa chegou a Creta e aí ficou para sempre, dando o seu nome ao novo continente. Acabou por se apaixonar por Zeus e dessa união nasceu Minos, o lendário rei de Creta, pai de Ariadne.
Foram feitas muitas representações iconográficas do rapto de Europa. Este episódio foi, aliás, escolhido para decorar a moeda grega de 2 euros. E, além disso, serve de mote à canção Europa, querida Europa de Fausto, apresentada no vídeo abaixo.
Antes de começar a escrever este artigo, tinha em mente fazê-lo sobre o Fausto (de raízes beirãs, mais propriamente de Vila Franca das Naves). No entanto, parece-me que o Fausto dispensa apresentações. Pelo menos devia..., uma vez que é um dos melhores músicos portugueses, ainda que seja tão pouco reconhecido pelo nosso público. Na verdade, não tem o reconhecimento que merece.
Decidi então prestar uma pequena homenagem a este grande escritor de canções. Prova disso é, sem dúvida, esta Europa, querida Europa...
Saudações de uma comparsa!
Bibliografia: GRIMAL, Pierre - Dicionário da mitologia grega e romana. Algés: Difel, 1999. Iconografia: RUBENS - O rapto de Europa.
terça-feira, maio 11, 2010
11.º Festival Intercéltico de Sendim
Caros comparsas,
Já está disponível o cartaz do Festival Intercéltico de Sendim de 2010:
terça-feira, maio 04, 2010
Ágora, de Alejandro Amenábar
O filme Ágora de Alejandro Amenábar recria minuciosamente um dos períodos mais importantes da história da humanidade: a expansão do cristianismo. Na antiga cidade de Alexandria coabitam três religiões: o paganismo, o cristianismo e o judaísmo. E se hoje podemos assistir ao mau estar criado pelas diferentes religiões espalhadas pelo mundo, imaginem o ambiente vivido no séc. IV na cidade de Alexandria... É difícil de imaginar, de facto. Mas também não é necessário, porque o filme Ágora recria fidedignamente esse período.
O filme mostra-nos o confronto entre a antiga religião do império romano, devota aos vários deuses, e o cristianismo; a afirmação do cristianismo como nova religião; a perseguição aos judeus; o descrédito da ciência em favor da religião; a destruição da biblioteca de Alexandria, com os livros antigos, em formato de rolo, queimados, uma vez que estes eram considerados símbolos e veículos da cultura e da religião pagã; e, fundamentalmente, o desvirtuamento da condição e do estatuto social da mulher, através da figura central do filme: a filósofa Hipátia, excepcionalmente protagonizada pela actriz britânica Rachel Weisz.
Hipátia foi uma filósofa extremamente importante. Sempre à frente do seu tempo, lutou para unir a humanidade, convicta naquilo que mais defendia: a ciência. Não obstante, acabou por ser contestada pelos cristãos, fiéis leitores e seguidores da Bíblia: «Então descobri que a mulher é mais amarga do que a morte, porque ela é uma armadilha...» (Eclesiastes 7, 26); «Foi pela mulher que começou o pecado e é por culpa dela que todos morremos» (Eclesiástico 25, 24); «Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem» (Timóteo 2, 13).
Ágora recria assim, historicamente, os últimos anos da filósofa Hipátia e retrata tempos de intolerâncias religiosas e de escassa liberdade de expressão. Como refere o realizador, «o filme é contra a intolerância e alerta para aqueles que, nos dias de hoje, ainda estão dispostos a matar pelas suas ideias».
De salientar o trabalho de recriação e caracterização da época. Podia chamar a atenção para muitos pormenores, chamo especificamente para o uso das antigas tabuinhas de cera, suporte de escrita usado logo na primeira cena com a filósofa, onde podemos ver os seus alunos a tomar anotações nesse suporte; também de realçar o antigo formato do livro antigo a ocupar as estantes da biblioteca de Alexandria: o rolo. O único formato do livro actual que aparece no filme é a Bíblia e, na verdade, os cristãos foram de certa forma responsáveis pela expansão deste novo formato, em detrimento do rolo, visto como símbolo da cultura pagã.
É tradição deste blogue elegerem-se os melhores filmes de cada ano. Não foram eleitos ainda os de 2009, mas eu atrevo-me a apontar este como um dos melhores, sem dúvida. Para quem ainda não teve a oportunidade ou a curiosidade de ver, aconselho vivamente.
Saudações de uma comparsa!
segunda-feira, abril 19, 2010
Gnomon
Gnomon é a palavra universal para designar o ponteiro do relógio do sol e, além disso, dá nome a um singular projecto musical português, com sede na vila de Joane, no distrito de Braga.
O projecto foi criado em 2003, pelos jovens Carlos Ribeiro (guitarra clássica e braguesa) e Tiago Machado (guitarra clássica/eléctrica e bandola), aos quais se juntaram Rui Ferreira (piano e acordeão), Carlos Barros (percussão), David Leão (flauta transversal, gaita de foles e flautim), Pedro Oliveira (bateria), Carla Carvalho (voz) e Bruno Rodrigues (baixo).
Em 2007, saiu o EP de estreia e regressaram, em 2009, com o seu primeiro álbum oficial "Jardim de ferro", gravado com a colaboração de vários artistas portugueses e espanhóis: Tocá Rufar, Dudas, Eleonor Picas, Ensemble de Gaitas de Foles do Conservatório de Vigo, José Perdigão, Hugo Correia e Artur Fernandes. O álbum é composto por 11 temas e tem como single de promoção “Um tempo de por ti ser”.
É notória a capacidade que estes jovens músicos têm em se regerem não só pelo relógio moderno, mas também pelo instrumento antigo que media o tempo, ao cruzarem ao mesmo tempo as raízes da música tradicional portuguesa com o jazz e a música contemporânea, criando, assim, um estilo particular de extraordinária qualidade: «uma mistura sublime de estilos que nos trazem uma enorme paz de espírito» (Nuno Ávila). Tal como já havia dito em relação ao projecto Aduf, este é mais um dos projectos que se pode tornar num verdadeiro tesouro da música portuguesa e é daqueles que enche de orgulho a nossa alma lusitana...
Nos vídeos, podem ver e ouvir o single de promoção "Um tempo de por ti ser", uma reportagem sobre o projecto do programa Km 0 da RTP2 e dois temas ao vivo em Guimarães, com os convidados José Salgueiro e Zé Perdigão.
Ouçam muita música! Boa música!
Saudações de uma comparsa!
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