
Sem rodeios, “Mad Men” é uma grande série. E não o é pelas razões habituais. Apesar do belo argumento, dos diálogos bem escritos, das interpretações competentes, da realização segura ou da banda sonora ideal, o seu maior trunfo é o ambiente. A reconstituição histórica é espantosa. Os cenários, o vestuário, os penteados, a forma d
e pensar e agir, a tecnologia, enfim, os trejeitos da época, são capturados com uma precisão tremenda, de tal forma que, muito mais que sentir que estamos a ver uma obra ficcional situada nos anos 60, sentimos que estamos nos anos 60. É claro que uma das partes mais divertidas e viciantes desta série está na maneira como Matthew Weiner raspa essa superfície bonita e polida, revelando assim o negrume que vai dentro daquelas vidas perfeit
as.


"Mad Men" é um tratado sobre os supostos papéis dos homens e das mulheres, a hipocrisia, a mentira, a ambição - tudo isto servido com razoáveis doses de provocação elegante. Esta bela série é complexa, inteligente, fascinante e até, como tudo, imperfeita. Podem não ficar cativados à primeira, mas com o tempo vão ficar viciados com o fumo constante, o copo na mão em pleno escritório, os adultérios e vidas duplas, a luxúria visual e a atenção milimétrica ao detalhe. Aconselho vivamente, apesar de saber que não será para todos. Ainda de referir que foi a surpreendente vencedora dos Globos de Ouro nas categorias de Melhor Série Dramática e Melhor Actor e que a podem encontrar aqui. Quanto a mim, estou ansiosamente à espera que segunda temporada esteja disponível...
Saudações de um Comparsa
Saudações de um Comparsa
1 comentário:
Hmmm it looks interesting! Sinto-me preparadíssimo para retomar os meus serões de devoração de séries. Seguramente esta estará incluida.
Abraços
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