sábado, fevereiro 24, 2007

U-CLIC


"u-clic is today.
more than retro, more than futuristic.
it's electronic, it's digital, it's organic, it's analogic.
it's a colective idea that takes a consistent and definitive form at live performances.
u-clic is 3 musicians, 1 laptoper, 1 vj, 1 team, u-audience.
u-clic is to listen, to dance, to see, to feel, to be.
u-clic is now. "


Os U-Clic são uma das bandas portuguesas mais promissoras da cena electrónica actual, constituída por Luis Salgado: analógicos, guitarra, vocoder; Filipe Confraria: voz e moog; e Gonçalo Figueiredo: vj, sequências, laptop.
Depois do sucesso do seu EP com 3 demos), lançam agora o seu primeiro LP: "Console Pupils" (2007 Nortesul), de traços electro/rock/arty/punk.
Fundado em Tomar no ano de 2003, este projecto de rock electrónico de forte componente visual (fazendo lembrar os imortais Kraftwerk) leva a liberdade de experimentar até ao limite, tanto na componente musical, como na visual. Tudo isto é possível graças à entusiasmante colaboração do atelier de design m104, responsável por toda a imagem da banda, e ilustrando as suas músicas ao vivo, através de projecções na tela e sobre os corpos dos vários elementos da banda.

Deste modo, põe em prática a cada vez mais popular tarefa de "Vjying",isto é, "video jokey", presente hoje em dia em muitos concertos e festas, maioritariamente de vertente electrónica; veja-se o caso do concerto de Peaches no Teatro Sá da Bandeira em 2003,fazendo deste modo um dueto "virtual" com Iggy Pop; ou mais recentemente o concerto dos Warren Suicide na edição de 2006 de Paredes de Coura ou até mesmo as noites de sábado, no café/bar "Lusitano",no Porto,que se popularizou pela sua vertente "in".

Voltando ao assunto deste post,os U-Clic,termino dizendo que é um projecto interessante no modo como aborda o mundo das intermináveias possibilidades de experimentar no campo da música e da imagem,dando um cheirinho de avant-garde à música nacional. Por último vejam o clip de Robot'n Roll e passem no espaço dos U-Clic no My Space.


sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A Cello Rondo

Caros Comparsas

Quando se pensa em música, releva-se a sua melodia, o seu ritmo e a sua harmonia, ignorando-se por vezes a acústica, que envolve o estudo do que afinal é mais importante na música: o som.
O norte-americano Ethan Winer, um apaixonado por acústica, explorou todas as potencialidades sonoras de um violoncelo, e criou a peça "A Cello Rondo", constituída por 37 linhas melódicas e rítmicas diferentes!!!!
Percutido, dedilhado ou friccionado, o violoncelo constitui uma autêntica orquestra de sons. Vejam o vídeo e impressionem-se...

Saudações de um Comparsa



quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Kiss Kiss Bang Bang

Para quem já pensava que o cinema de acção e comédia feito em Hollywood não tinha salvação possível, aí está o filme já do final de 2005 Kiss Kiss Bang Bang. Apesar de só agora se estrear na realização, Shane Black não é propriamente um novato em domínios da sétima arte, pois escreveu os argumentos de alguns filmes de acção como A Fúria do Último Escuteiro, O Último Grande Herói ou os da célebre saga Arma Mortífera. Se por um lado não se afasta muito de territórios em que Black se destacou – situando-se entre o policial e a comédia -, também não se limita a ser mais do mesmo, uma vez que se desenvolve com uma refrescante criatividade, pegando nas convenções do género e satirizando-as. Divertido e empolgante, o filme assenta nas peripécias de Harry Lockhart, um ladrão incompetente mas honesto, que acidentalmente vai a um casting e acaba por ser escolhido para protagonizar um filme de Hollywood. No entanto, de forma a estar pronto para o papel, Harry terá de aprender como agir como um detective privado, condição que o obriga a acompanhar as missões de Gay Perry, um dos agentes mais reputados e exímios do ramo e cuja alcunha “gay” não surgiu por acaso. Em Los Angeles, Harry encontra a sua paixão de infância, Harmony Lane, uma das muitas aspirantes que sonham com o êxito e que, ao fim de 15 anos de audições, tem apenas um anúncio de cervejas no currículo. A paixão de Harmony pelas histórias de detectives de Jonny Gossamer, de que tanto gostava na sua infância, não desaparece quando também ela entra no meio de uma. Homicídio ali, suícidio acolá e a trama está lançada. E em poucas palavras, o que se passa daí em diante será divertido, hilariante q.b, com bons diálogos e suficientemente bem contado e entrelaçado para vos manter pregados ao ecrâ. Não fosse tudo o resto, este filme valeria a pena somente pela deliciosa e enérgica interpretação de Robert Downey Jr., em grande forma e com uma naturalidade surpreendente, agarrado à única coisa que em Hollywood faz sentido: um bom argumento. Val Kilmer é totalmente convincente no seu charme gay e no seu sarcasmo, e é evidente o divertimento que foi fazer este filme. Michelle Monaghan não fica atrás destes dois pesos pesados, numa mistura de força, sentido de humor, desespero, perigo e sensualidade. Vejam o trailer, e se quiserem hora e meia de boa diversão, vejam este filme que não se vão arrepender!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

"Love, passion, devotion and talent have come together to make a dream come true: to recreate the magic of a legendary rock era." (Armando Gallo, biógrafo dos Genesis, Nov 2000.)

The Musical Box é uma banda canadiense formada em 1993, célebre pelas recriações dos famosos concertos da banda Genesis, com Peter Gabriel ainda como vocalista. Actualmente, é a única banda oficialmente licenciada pelos Genesis e por Peter Gabriel.

Os Genesis da era Peter Gabriel foram considerados a melhor banda de rock progressivo do Mundo há cerca de 30 anos atrás. O som, em termos criativos, estava muito para além dos conceitos da época.

A banda The Musical Box recria concertos dos álbuns Foxtrot, Selling England By The Pound e The Lamb Lies Down On Broadway. No ano passado em Março, vieram a Portugal com a recriação do The Lamb Lies Down On Broadway, este ano regressam com os álbuns Foxtrot, no dia 1 de Março, e Selling England By The Pound, dia 2 de Março, ambos na Aula Magna em Lisboa.

Muitos dos fãs dos Genesis nunca tiveram a oportunidade de assistir ao vivo aos lendários concertos da era do jovem Peter Gabriel, na qual tinha o papel de “actor” e cantor da banda. Os The Musical Box transformam esse sonho em realidade, reconstroem cada pequeno detalhe dos concertos: os mesmos instrumentos musicais, as mesmas roupas de Gabriel em palco, as máscaras, os efeitos visuais, a iluminação, as introduções das músicas, as histórias contadas no intervalo de cada música… Tudo é uma cópia perfeita da performance dos Genesis há trinta anos atrás.

Como resultado surge uma perfeita ilusão de uma máquina de tempo virtual que nos faz viajar e retroceder trinta anos, recapturando a magia dos anos 70 e dando aos espectadores a sensação de estarem realmente num concerto original dos Genesis.

Deixo-vos aqui pequenos momentos do concerto do álbum Selling England By The Pound, que recria o concerto que os Genesis deram em Montreal a 10 de Novembro de 1973, escolhido por inspirar uma actuação teatral invulgar e surrealista. É de salientar a guitarra de dois braços Rickenbaker que combina o som de um baixo com o de uma guitarra semi-acústica, fabricada em exclusivo para Mike Rutherford.

O concerto na íntegra fica para quem tiver o privilégio de poder assistir ao espectáculo no dia 2 de Março às 21h00, na Aula Magna, em Lisboa. Esta será uma oportunidade única para os fãs de Genesis poderem assistir ao vivo ao que foi e será o maior e melhor som de sempre do rock progressivo. O meu lugar já está reservado…

Saudações da Comparsa Ariadne*



sábado, fevereiro 17, 2007

KJ SAWKA

Sinto que preciso de beber uma caixa de Red Bull para conseguir falar sobre Kevin Sawka. Porquê? porque este artista tem uma energética performance a solo, de perder a cabeça.

Adepto do Jungle/Drum&bass, Sawka actua ao vivo, criando misturas electrónicas extremamente complexas, utilizando apenas as suas mãos e pés, num ritmo impressionante.
KJ Sawka tem sido já frequentemente descrito como " the human drum machine", cuja actuação ao vivo tem tanto de única, como sem rival.

Após dois anos de preparação, a 18 de Outubro de 2005, foi lançado o seu 1º álbum "Synchronized Decompression", que recebeu até então muito boas críticas.

Para os mais curiosos podem visitar o site oficial http://www.kjsawka.com

Claro para melhor entenderem a dimensão do talento deste jovem, têm que ver um vídeo da sua actuação. Este foi retirado de uma actuação em directo numa rádio.



Saudações de um comparsa.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Little Miss Sunshine

Por trás de um infeliz título em português (Uma Família À Beira De Um Ataque De Nervos) está um dos melhores filmes do último ano: Little Miss Sunshine, e compreende-se perfeitamente o porquê de ter quatro surpreendentes nomeações para os Óscares. É um excelente filme independente, onde se destaca um argumento sólido e um conjunto de personagens deliciosamente disfuncional, fascinante e eficaz. Richard faz palestras sobre motivação, e espera que o seu programa de 9 passos se torne um sucesso. Dwayne, o seu filho de 15 anos quer ser piloto de caças e fez um voto de silêncio como prova da sua determinação. O pai de Richard é um viciado em heroína que vive em casa do filho depois de ter sido expulso da casa de repouso. Sheryl, a mulher de Richard, esforça-se por manter a sanidade na família e acaba de ir buscar o irmão Frank ao hospital depois de este se ter tentado suicidar por um desgosto de amor. Quando Olive, a filha mais nova do casal, é convidada a participar no concurso de beleza infantil Little Miss Sunshine, esta família disfuncional mete-se a caminho da Califórnia numa carrinha Volkswagen amarela, o sétimo protagonista da pequena pérola que é esta fita. É esta família peculiar que acompanhamos ao longo de uma viagem inesquecível, uma bizarra jornada que os mudará para sempre. Mas para um filme que envolve drogas, morte, perversos shows de beleza para crianças e casamento em falência emocional e financeira tem a estranha capacidade de nos deixar tremendamente bem dispostos. Usando e despertando fortes emoções, Little Miss Sunshine é um filme delicioso sobre as coisas que fazemos pelas pessoas que amamos, mesmo quando essas pessoas dão connosco em doidos. Little Miss Sunshine é uma comédia inteligente com laivos de drama, que ocupa seguramente o lugar na lista dos melhores filmes dos últimos tempos. Vejam, porque vale a pena.
Saudações de um Comparsa






terça-feira, fevereiro 13, 2007

Mastodon

Os “Mastodon” formaram-se em 2000 quando Brann Dailor e Bill Kelliher, ambos membros das bandas “Lethargy” e “Today is the Day” respectivamente, se mudaram para Atlanta e conheceram Troy Sanders e Brent Hinds, membros da banda “Four Hour Fogger” num concerto da banda de stoner metal “High On Fire”. Ainda em 2000 eles gravam a sua primeira demo, conhecida pelos fãs como “9 Song Demo”. Esse CD-R era vendido nos seus primeiros concertos e contava ainda com o primeiro vocalista da banda Eric Saner. O primeiro lançamento da banda foi o EP “Lifesblood”, que foi bem recebido pela crítica e chamou a atenção para a banda. Em 2002 sai “Remission”, ganhando várias críticas positivas e arrebatando um grande número de fãs. Após uma longa tourne de divulgação, tocando em vários festivais pelo mundo a banda começa a compor para o novo álbum. Em 2004 sai o mundialmente aclamado “Leviathan”, um álbum conceptual baseado no livro “Moby Dick” de Herman Melville. Com “Leviathan” a banda ganha prémios de álbum do ano em várias publicações. No final de 2005 dois lançamentos eram anunciados. O primeiro era o álbum “Call Of The Mastodon”, que inclui as primeiras demos da banda, remasterizadas e remixadas e o EP “Lifesblood”. Já o segundo era o DVD “The Workhorse Chronicles”, que contava com entrevistas e vídeos da banda entre outros extras. Com esses lançamentos, a banda encerrou a sua ligação à Relapse Records e assinou com a multinacional Warner Music pela qual lançou o seu último álbum chamado “Blood Mountain” contando com as participações especiais de Josh Homme dos “Queens Of The Stone Age”, Scott Kelly dos “Neurosis” e Isaiah "Ikey" Owens e Cedric Bixlar-Zavala dos “The Mars Volta”. Neste álbum podemos observar a técnica com que estes músicos destilam grandes malhas que passam por estilos tão diversos como o sludge, o stoner rock, o metal progressivo e até o mais tradicional. “Blood Mountain” foi mesmo considerado como o álbum de metal do ano de 2006 em várias publicações incluindo a portuguesa “Loud”. Vejam uns clips e fiquem boquiabertos com aquela que é considerada como uma das melhores e mais originais bandas de metal da actualidade.

Arctic Monkeys

Um fenómeno! É o mínimo que se pode dizer deste jovem quarteto britânico de Sheffield, que tem vindo a incendiar o Reino Unido e o resto do Mundo com o seu rock irrequieto, de forte inspiração punk. Tudo começou no Natal de 2001, quando os vizinhos adolescentes Alex Turner e Jamie Cook receberam as suas guitarras e começaram a tocar covers de Led Zeppelin com alguns amigos. Após alguns concertos no circuito local, em 2003, eles começaram a gravar demos e distribuí-los pelo público. Como a oferta era limitada, os fãs copiaram as canções e disponibilizaram-nas na Internet. Foi graças a essa divulgação "boca a boca" virtual, que começaram a ficar conhecidos. Muito antes da edição do álbum de estreia, já os Arctic Monkeys esgotavam salas em Londres! Como é fácil de adivinhar, as grandes editoras começaram a tentar assinar com a banda, mas os Arctic Monkeys acabaram por optar pela pequena Domino Records e lançaram o seu primeiro álbum "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not" em Janeiro de 2006. Começaram então a quebrar recordes: 120 mil cópias no dia do lançamento! Assumiram-se então como uma das grandes revelações deste ano, liderando os tops de vendas de vários países e ganhando inúmeros prémios e nomeações para álbum do ano. Constituem um caso raro em que a crítica especializada e o público estão de acordo... Neste momento estão a ultimar a edição do segundo álbum que sairá a 23 de Abril com o nome de "Favourite Worst Nightmare". Vejam os videos e deixem-se contagiar por este rock urgente, carregado de adrenalina e muita electricidade.
Saudações de um Comparsa


sábado, fevereiro 10, 2007

Rosa Negra

Caros Comparsas

Exceptuando as porcarias que nos são impingidas pela ficção televisiva de certas estações, poderemos concluir que a música portuguesa está a melhorar e a crescer a muitos níveis nos últimos dois pares de anos. Para além da excelente nova vaga de rock que tem sido exemplarmente divulgado pelo nosso comparsa Augusto, também a música em língua portuguesa tem originado projectos surpreendentes, arrojados e inovadores. Obrigado aos novos compositores, às produtoras e editoras, e claro às estações de rádio pela excelência, aposta e divulgação da nova música portuguesa.


Entre os surpreendentes novos projectos encontram-se os Rosa Negra, com o seu primeiro trabalho "Fado Ladino". Sendo a alma fadista ponto de partida para tão arriscada aventura, imagine-se uma caravela, cuja tripulação é composta por percussão, violinos, violas, violoncelo, contrabaixo, acordeão, trompete e piano, viajando pelo Mediterrâneo onde em cada paragem absorve elementos da cultura musical de cada país costeiro espalhado pela África Setentrional e pelo Médio Oriente. Tudo isto aliado ao doce timbre de Carmo, voz do fado, voz do destino, palavras que podemos encarar com respeito mas também com liberdade, a liberdade de encontrá-los à nossa maneira. E os Rosa Negra conseguem dar liberdade ao fado envolvendo-o em arranjos de inspiração mediterrânica, desértica e ibérica, atribuindo-lhe uma estética musical muito própria.
"Sopra uma brisa quente que me leva, ao oriente que há em mim...", é a frase de partida do tema que dá nome ao álbum, o qual na audição nos leva e cruza por entre caminhos imaginários através de diferentes culturas. "Fado Ladino" inclui 12 temas, sendo a sua maioria versões de clássicos do fado. Apesar de adorar todo o álbum, destaco as versões de "Barco Negro" e "Novo Fado da Severa", o excelente instrumental "Deserto de Rosas", e o tema título "Fado Ladino" que poderão ouvir no vídeo cujas imagens foram retiradas de actuações ao vivo ( foi o que se conseguiu arranjar!...!!).

"Ladino é cigano, é judeu, é mouro, é latino, mas também é puro, legítimo, astuto e vivo. Enfim, ladino é o nosso fado porque ladina é a nossa origem."

Saudações de um Comparsa



sábado, fevereiro 03, 2007

Concerto de Aranjuez


Em 1901 nasce em Sagunto (Espanha), no dia de Santa Cecília (padroeira dos músicos), o compositor Joaquin Rodrigo. Vítima de uma epidemia de difteria, o compositor ficou cego aos três anos, mas a paixão pela música não o impediu de começar a estudar piano, violino e solfejo aos oito anos e de se afirmar como um dos mais brilhantes compositores do século 20.
No ano de 1939, Joaquin Rodrigo escreve o Concerto de Aranjuez, que seria a sua composição mais conhecida. O concerto está dividido em três movimentos: Allegro con Spirito, Adágio e Allegro Gentile, sendo que a primeira e a última parte servem de moldura para o fascinante Adágio. Inspirado nos sons e perfumes dos jardins do palácio real de Aranjuez, a sua música traz-nos a essência do espírito das cortes dos séculos XVII e XVIII, aonde os traços da aristocracia vigente ( revelados na elegância e potência sonora de uma orquestra) se misturam às efusões da cultura popular da época (da qual surge uma frágil mas alegre guitarra clássica).
Nos vídeos que se seguem poderão envolver-se com os três movimentos desta obra prima, interpretados pelo mestre Paco de Lucia e pela orquestra de Cadaqués dirigida pelo maestro Edmon Colomer.
Saudações de um Comparsa

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Babel

No passado fim de semana, tive finalmente a oportunidade de ver Babel, o muito aguardado terceiro filme da dupla mexicana Alejandro González Iñárritu e Guillermo Arriaga, realizador e argumentista respectivamente, responsável pelos excelentes Amor Cão (2000) e 21 Gramas(2003). Comum a todos os filmes é a estrutura em “filme-mosaico”, com várias histórias que se entrecruzam devido a um dado acontecimento. Em Babel, a acção desenrola-se numa escala maior, de Marrocos aos EUA, do México ao Japão onde descobrimos uma teia de histórias interligadas. Tudo começa quando um casal americano com problemas conjugais, Richard e Susan, vê as suas férias em Marrocos serem abaladas quando Susan é alvejada no autocarro onde viajam. Yussef e Ahmed, filhos de um pobre pastor marroquino, brincam com a espingarda que o pai acabou de comprar para matar chacais. Ao mesmo tempo, no outro lado do mundo, Amelia, a ama dos filhos do casal americano, não consegue arranjar ninguém que tome conta deles, e decide levá-los consigo e com o seu sobrinho Santiago ao casamento do seu filho no México. Tudo corre bem até que, no regresso, são inspeccionados pela zelosa polícia fronteiriça. No Japão, Chieko é uma adolescente surda em pleno despertar sexual que direcciona a sua raiva contra o pai, de quem se sente afastada desde a morte da sua mãe.
Tendo ao seu dispor estrelas do calibre de Brad Pitt, Cate Blanchett e Gael García Bernal, Iñárritu oferce-nos um filme cheio de boas interpretações, habilmente doseadas em termos de celebridade e equilibradas em termos de tempo de ecrã. Continuam também presentes as marcas do autor: estética crua, câmara trémula, acção fragmentada e cronologicamente baralhada tendo como fio condutor as variações sobre o poder do amor. No entanto, saí um pouco desiludido da sala de cinema, talvez porque ter entrado com expectativas demasiado altas. Amores Perros e 21 Gramas são dois filmes que me deixaram embasbacado e comovido e Babel não me pareceu tão eficaz nesse aspecto. Além disso, as ligações entre as histórias não têm a fluidez anterior. Apesar de tudo, o filme é muito bom. Eu é que esperava ainda melhor...
No video podem ver o trailer e uma entrevista com o realizador acerca do filme. Se já foram ver, deixem a vossa opinião, caso contrário vão vê-lo porque vale a pena.
Saudações de um Comparsa...

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Klaxons

Em 2006 nasceu outro conceito nas páginas dos semanários ingleses intitulado como "New-Rave". Os cabeças de cartaz desta nova tendência são os "KLAXONS".

Depois de singles como “Magick” , “Gravity’s rainbow” e "Atlantis to Interzone" que os tornaram na nova sensação por terras de Sua Majestade e já com concertos esgotados, os Klaxons vão lançar o seu primeiro álbum.

"Myths of the Near Future" é o titúlo do primeiro álbum dos Klaxons (apontado como um dos álbuns mais esperados do ano) que chega às lojas dia 5 de Fevereiro."Golden Skans" é o tema de apresentação do álbum dos Klaxons, que em Março irão iniciar uma tournée europeia que vai passar por países como Itália, França, Alemanha e Holanda.

A banda é considerada a grande revelação do seu país tendo já esgotado o Hammersmith Palais, em dois dias e foram já convidados pelos Muse para os concertos no Estádio de Wembley a 16 e 17 de Junho, embora que ainda esteja em duvida a sua participação.

Para quem quiser saber mais sobre a banda: www.klaxons.net/ ou www.myspace.com/klaxons


Saudações de um Comparsa...